" O passado é,[...], uma dimensão permanente da consciência humana, um componente inevitável de todas as criações da humanidade. O problema para os historiadores é analisar a natureza desse " sentido do passado" na sociedade e localizar suas mudanças e transformações" Eric Hobsbawm.

“A verdade é sempre e já, interpretação. E interpretar (...) simplesmente como criar, inventar, fabricar. A interpretação é uma atividade produtiva. A interpretação é uma invenção. Quem interpreta não descobre a ‘ verdade ’; quem interpreta a produz. Não se trata de uma atividade hermenêutica – descobrir um significado oculto, preexistente; mas de uma atividade poética – criar um significado novo, inédito. Interpretar: “violentar, ajustar, abreviar, omitir, preencher, imaginar, falsear. As diferentes interpretações são resultado de diferentes pontos de vista, de diferentes posições, de diferentes perspectivas . (...) Não existe nenhum ponto único, nenhuma perspectiva global e integradora. Só existem perspectivas – múltiplas, divergentes, refratárias à totalização e à integração” Thomaz Tadeu da Silva



sexta-feira, 19 de agosto de 2011

O texto baixo foi postado por Cristiane Gonçalves no blog: Sobre giz e borboletas...educadores no jardim, indico a leitura.

"O tema da educação está presente na obra bachelardiana através da noção de formação, termo constante em todos os seus textos. Acreditamos que educação para Bachelard implica fundamentalmente na formação do sujeito. A noção de formação, segundo o filósofo, é muito mais completa e abrangente do que a de educação, pois não traz no seu bojo as conotações que esta última apresenta e que são oriundas da tradição que nos leva a compreender o conhecimento como ato de repetir e de memorizar idéias. Bachelard, ao contrário, exalta a criação e a invenção, mostrando que o ato de conhecer não se reduz à repetição monótona e constante de verdades absolutas e imutáveis que, uma vez alcançadas, se solidificam, ancorando-se no porto seguro da memória. Para Bachelard, conhecer é se aventurar no reino do novo e do abrupto, é estabelecer novas verdades através da negação do saber anterior e da retificação de conceitos e idéias que anteriormente nos pareciam sólidos.


A escola como lugar de cultura deve exigir que a aprendizagem seja um trabalho do mundo e principalmente sobre si mesmo. É necessário a retificação dos conceitos anteriores, a renovação constante das imagens e o desejo de instaurar o novo. A escola é, pois, um lugar de formação, mas principalmente de deformação e de reforma, no qual o sujeito, em construção permanente, renasce a cada instante como um ser renovado."


(Barbosa, E. & Bulcão, M. - Bachelard - Editora Vozes)

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